domingo, 9 de novembro de 2014

Taylor Swift e o melhor álbum de 2014.

7 grammys em 4 álbuns. Pra quem é fã da Taylor, a moça é motivo de muito orgulho, especialmente por manter sempre sua essência e não mudar seu estilo e suas letras apesar das enormes críticas. Mas e quando ela faz tudo isso, o orgulho continua? Já respondo-lhes: sim. E é maior ainda. Vem com a gente conferir o quanto a Taylor evoluiu no 1989.




O 1989 gira em torno da mudança. Esse conceito parece estar em todas as musicas do álbum, que mostra as diferentes faces de correr riscos. Passamos da adoração à demonstração da realidade que está por trás dos riscos, mas tudo isso com a fofura inerente que a Taylor Swift sempre teve e que não muda nesse álbum. Apesar de todas as mudanças, o 1989 se mostra fiel a personalidade da cantora, mostrando sua alma e sua vida em forma de música.
A mudança começa no estilo. De menina do country e parceira do Tim McGraw a estrela do pop, a trilha que a Taylor percorreu não foi nada fácil. Com xingamentos misóginos contra ela por escrever músicas baseadas em ex-namorados, as críticas que a garota de apenas 24 anos recebeu durante seus 8 anos de carreira foram as mais duras possíveis. Felizmente, Mean surgiu e nos mostrou como a loira é forte.
O seu último álbum de lançamento, Red, foi uma transição falha do country para o pop. Com faixas de ambos os estilos, o álbum se mostrou um tanto quanto desorganizado e nós, fãs, ficamos sem saber pra onde a Taylor iria depois dali. Até que ela deu um anúncio a mídia: "Meu próximo álbum vai ser o mais diferente de todos os outros". A expectativa cresceu, os swifties ficaram ansiosos e veio o primeiro single do álbum: Shake It Off. Confirmando tudo o que pensávamos, Taylor virou a nova superstar do pop.
Diferentemente de todos os outros álbuns da Taylor, esse não tem nenhuma música diretamente dedicada a um ex dela (vide Better Than Revenge e Dear John). O amadurecimento que a cantora mostra nas letras do 1989 é impressionante. Com músicas que variam do pop chiclete ao estilo Lana Del Rey, a arte que Swift faz mostra sua vida de uma forma tão íntima que nos sentimos bffs dela. Vamos dissecar o álbum faixa por faixa pra tentar entender mais um pouquinho dela.

Welcome to New York: A escolha dessa música para o começo do álbum não poderia ter sido melhor. Welcome to New York fala sobre o grande numero de possibilidades que se abrem quando se inicia um caminho diferente na vida. Uma música que envolve quem ouve no clima de mudança e faz o mesmo se animar e aceitar a ideia de que correr riscos e aproveitar as oportunidades pode mudar sua vida por completo. Além de tudo, a própria Taylor falou que a música foi inspirada nos amigos gays que ela tem. Tinha tudo para dar certo e deu.



Blank Space: Escolhida como segundo single do álbum, Blank Space continua com o clima de recomeço, de aposta no desconhecido que começa em Welcome To New York, só que com o ar de romantismo já conhecido nas músicas da Taylor Swift. Além de mostrar o novo lado mais maduro da Taylor ao brincar com a história dos ex-namorados de uma forma sadia.



Style: Essa é uma música que incorpora o conceito mais pop do 1989 e continua na ideia de que arriscar traz nova gama de possibilidades boas. Style representa o começo de um relacionamento em que tudo é para sempre e tu pode ser superado pois as duas partes juntas formam a perfeição. Uma ideia que sabe-se ser momentânea, mas que só faz tudo ter um caráter mais urgente, mais intenso.



Out of the Woods: Essa música foge totalmente do convencional quando se trata da Taylor, que usou um acontecimento com um certo ex namorado (tá gente, Harry Styles) pra escrever a música. É definitivamente a minha preferida do álbum (Mari), e as vezes me pego cantando. OOTW é uma das músicas que mais representam o amadurecimento da Taylor no CD, e principalmente a representação da efemeridade da vida. Segundo a própria cantora, a música surgiu num momento em que ela achou que ia morrer e tudo passou na frente dos seus olhos.

All You Had To Do Was Stay: Com uma forte ligação ao estilo anterior da cantora, All You Had To Do Was Stay vem com uma mensagem sobre o fim. É o começo da outra face que aparece quando você corre riscos, a que, no final, te faz sofrer. É uma musica embebida de emoção e intensa de um forma triste, mas ainda assim com uma melodia alegre, mostrando uma contradição de sentimentos sempre presente num momento como esse, como se dissesse "eu estou bem, mas na verdade não".

Shake It Off: Lançada como primeiro single e música que marca o novo estilo do álbum em todas as vertentes, Shake It Off é uma música de auto empoderamento que mostra para os fãs e para o mundo que a Taylor Swift vai se divertir e vai continuar com a auto estima alta sem se importar com as criticas e os odiadores. Ela conversa com os ouvintes, fazendo-os se relacionar com a música e entrar com ela num pensamento que já era deles. Shake It Off representa a Taylor tanto quanto representa as pessoas em geral.


A gente tá aqui pra problematizar, né gente. Infelizmente a Taylor fez uma coisa horrorosa nesse clipe. Nitidamente, ela faz uso de apropriação cultural (usando o twerk das negras) e destila racismo ao objetificá-las. As brancas tinham o rosto mostrado, enquanto as negras só víamos os bumbuns. Acredito que ela usou do clipe pra criticar a Miley Cyrus e o seu twerk, o que dá uma problematização maior ainda: uso temporário para debochar. Infelizmente, a moça precisa de MUITO para se desconstruir.

I Wish You Would: Essa é uma das músicas mais lindas do álbum. Me lembra da era Speak Now e de Back to December, com a Tay se desculpando com seu ex namorado por ter terminado. Acho que é uma das músicas que também voltam muito pra tudo que a cantora era e o que ela escrevia. Apesar de ser uma das prováveis menos ouvidas do álbum, é uma das mais fofas.

Bad Blood: COM CERTEZA essa foi a música sobre a qual mais saíram suposições do álbum. Taylor tinha dado uma declaração que a canção seria pra uma pessoa famosa que ela achava que era sua amiga, e depois descobriu que era falsidade. Boatos que são pra Katy Perry, hein.
Mas enfim, tirando a parte conceitual, Bad Blood é uma das minhas favoritinhas SIM!!! É de intriga, espero um dia poder cantar pra algum ex. Difere de tudo que ela já fez antes também e isso é incrível.



Wildest Dreams: Essa música me lembra muito o estilo da Lana mas um pouquinho menos problemático. "He's so bad but he does it so well". Também é diferente de tudo o que a Tay já fez, e por essa diferença inclusive de estilo me faz amar demais essa música. E até o fato das batidas da música representarem o coraçãozinho da loira já fazem o meu bater um pouquinho mais forte. Muito, muito doce.



How You Get The Girl: Tá com saudade da Taylor de antes, com as letras românticas e de conquista e com promessas de amor eternas? Vá ouvir How You Get The Girl. É provavelmente a que mais se aproxima do que a loira era, e dá uma nostalgia muuuuuito grande ao ouvir essa música. E é claramente uma série de conselhos pra um garoto para conquistar uma garota, mas dando poder A ELA. Esse lado feminist da Taylor me faz extremamente feliz.

This Love: Dor. Essa música é: dor. Junta ela com All Too Well, I Almost Do, White Horse e Back to December que dá uma trilha fúnebre. Mostra a consciência da Tay de saber que esse amor é ruim, mas que ela precisa dele pra ficar bem. Todo adolescente já acreditou naquilo (ou ainda acredita), o que acrescenta também a representação dela pra todos os jovens do mundo que já amaram.



I Know Places: Favorita do His, IKP é uma música muito metafórica. "Love's a fragile little flame, it could burn out". Nessa música, a Tay se mostra MUITO desiludida em relação ao amor. A música é toda sobre ela querendo se esconder de algo que supostamente poderia fazer com que o amor por seu parceiro acabasse. Ela é a caça dessa vez, não o caçador. Uma das mais profundas e emotivas do álbum.



Clean: Música de superação. Taylor nunca foi muito boa nisso, tanto que as músicas em que ela se lamentava por ter perdido ou por não ter esquecido a pessoa eram as que faziam mais sucesso. Bem... This time is gone. Eu amo essa música por trazer uma mensagem muito forte do tanto que ela se sentia sufocada por seu parceiro. E o título da música é justamente mostrando isso: Ela está limpa, curada.



Sendo ou não fã, o álbum tá incrível! Conheçam a nova Taylor e se apaixonem por ela, assim como todos nós estamos apaixonades! <3


His Reis e Mari Magalhães

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